Você pode improvisar em qualquer guitarra!
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Obtenha um CD com música de acompanhamento (preferencialmente, apenas bateria), um amplificador com linhas de bateria embutidas ou alguém que possa tocar com você — um baixista ou um guitarrista que aceite fazer a base enquanto você faz o solo. Isso vai melhorar muito seu senso de ritmo.
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Pense nas emoções que você está tendo agora — tristeza, felicidade, empolgação, confusão, desânimo, emotividade, histeria, agitação, esquizofrenia, tédio etc. Todas essas coisas devem se refletir na sua música.
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Aprenda o básico: escala de blues, acordes maiores, menores, de sétima, de sétima diminuta, de sexta, a escala pentatônica, entre outros. Boa improvisação requer uma certa experiência em teoria musical. Quanto mais você souber, mais facilidade terá.
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Seja capaz de determinar diferentes ritmos e progressões harmônicas. A estrutura sobre a qual você está improvisando agora é um blues tradicional? Salsa? Funk? Ou swing? Conseguir perceber esses detalhes (ritmo, andamento, estilo) contribuirá com a qualidade da sua expressão e lhe ajudará a improvisar em sintonia com a música.
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Incorpore à improvisação passagens de músicas conhecidas. Se estiver tocando na escala de E menor, incorpore a música "Mary Had a Little Lamb" em seu solo. O público adora ver canções clássicas numa roupagem inusitada. Se quiser um exemplo disso, procure a versão latina de "I've Been Workin' on the Railroad". Ideias velhas sempre ficam boas com abordagens inovadoras.
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Se antecipe. O que você vai tocar na próxima seção ou na mudança de modo? Se prepare para todas as sutilezas da música, saiba o que fazer ao início de cada nova passagem.
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Às vezes, simplicidade é bom. Você não precisa detonar no solo o tempo todo; a verdade (na maioria dos casos) é até o contrário: você não deve exagerar. No blues, por exemplo, suavidade e fluidez contam muito mais do que elaboração e velocidade.
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Certifique-se de que o solo combina com a música! A maioria das músicas de jazz tem um "tema principal" que o guitarrista deve retomar de tempos em tempos. Toque algo de acordo com o humor e a atmosfera da música, especialmente se você fizer parte de uma grande banda (que pode ser formada por vários instrumentos: trompete, trombone, saxofone, bateria, baixo, guitarra etc.). Tudo bem se você quiser usar elementos inesperados às vezes, mas pode ser que a escala frígia que você esteve a praticar fique horrível junto com o funk que o resto da banda está tocando.
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Toque com emoção, não pense demais no que está fazendo. Deixe fluir, baby!
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Continue a tocar, ainda que você ache que o som está horrível. Todo guitarrista solo comete erros; é em cima deles que se constrói o aprendizado.
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Nunca faça adivinhações. Na vida privada, experimentar livremente à procura de novas possibilidades é ótimo, mas, ao improvisar com uma banda, o guitarrista deve ter um bom conhecimento de teoria, escalas, acordes etc. Logo seu cérebro se adaptará instintivamente aos limites de cada música. Ninguém quer ter surpresas ruins ao improvisar em público.
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Decore um acervo reserva de passagens, solos etc. que você possa tocar se tiver um bloqueio no meio de uma performance. Decore alguns padrões de solo para cada estilo que sua banda tocar (certifique-se antes que ele se adapta bem às músicas do repertório — por exemplo, desde que você permaneça em sincronia e sintonia com a banda, é melhor executar a escala de blues sobre uma base de blues tradicional do que errar ou simplesmente não tocar nada).
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Peça a avaliação de alguém. Se você seguiu os passos acima, pode até ser que a reação da pessoa seja positiva.
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Tenha sensibilidade. O público adora ver que o guitarrista se diverte quando está tocando. Música tem que ser divertida!
Dicas
- Aprenda a se manter em sincronia com a música (tente praticar com um metrônomo).
- Não tenha medo de tocar alguns acordes — aprenda todos os modelos de acorde que você puder!
- Lembre-se de se dedicar ao máximo mesmo quando não houver um público. A improvisação é uma forma de expressão — toque para si mesmo, essa é uma ótima experiência.
- Quando estudar as escalas, aprenda a observar qual é a tônica dela (numa escala em C maior, a tônica é a nota C). Você deve retornar a ela ao fim de cada frase para evitar criar uma sensação indesejada de suspense.
- Adquira um bom modelo de guitarra, ainda que não seja tão caro. O modelo deve ser adequado ao estilo musical da sua banda. Se você ainda não sabe, pesquise tantos estilos quanto puder antes de se decidir. Jazz, metal e blues são alguns dos gêneros em que a improvisação desempenha um papel importante.
- Tente usar a guitarra no canal distorcido do amplificador (se o seu modelo tiver um) em vez de no canal limpo — aos ouvidos dos leigos da plateia, sua guitarra soará muito mais poderosa (embora os guitarristas possam imaginar que você só está tentando parecer melhor do que realmente é).
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